Público masculino representa 30% da clientela das clínicas de estética no Brasil

Público masculino representa 30% da clientela das clínicas de estética no Brasil

De acordo com a Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos , o país é o segundo maior mercado de beleza masculina

Em um mundo onde o cuidado estético muitas vezes foi considerado território feminino, homens de todas as origens estão se unindo para romper esse tabu, e o cenário de cuidados estéticos está mudando como nunca antes. Agora, uma tendência está emergindo – homens estão derrubando barreiras antigas e abraçando os cuidados estéticos como parte essencial de sua rotina.

 

Dados estatísticos revelam uma mudança significativa nas atitudes dos homens em relação ao cuidado. Segundo informações da Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o Brasil é o segundo maior mercado de beleza masculino, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Eles já representam 30% da clientela das clínicas de estética no Brasil, conforme aponta a Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC-Spas). Isso demonstra que a busca por uma pele saudável e uma aparência impecável não é mais uma prioridade exclusiva das mulheres.

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Tabu quebrado

Mesmo com o aumento, o lado estético para os homens ainda é considerado um tabu a ser quebrado. De acordo com Dra Jéssica Magalhães, biomédica especialista em cuidados com a pele preta, muitos deles têm dificuldade de assumir os cuidados com a pele sendo algo natural.

“Normalmente procuram ajuda principalmente quando tem algo que incomoda como acne e foliculite. Passada a primeira barreira é realizada a busca por um cuidado adequado, a palavra que dita a rotina é praticidade. A partir daí consigo explicar as vantagens de um cuidado especializado e de realizar procedimentos para aumentar a autoestima”, explica.

 

A especialista acrescenta que essa percepção masculina vem mudando, o que gradativamente surge junto com a importância dos cuidados, além das tendência que aparecem como dicas sobre o que passar no rosto e informações para se sentirem confiantes

 

“Há um tempo o conceito de cuidado masculino se limitava a barba e cabelo. Isso já mudou muito, mas ainda pode melhorar. Já acontece de pacientes buscarem sua limpeza de pele e “um creminho” para passar no rosto. E eles assumem a necessidade de se sentirem mais confiantes com a imagem nos ambientes de trabalho e sociais. Há uma tendência de procura por prevenção de envelhecimento de forma natural, sem grandes alterações mas com resultados reais”, pontua a biomédica.

 

Quando se trata de cuidados com a pele negra, Jéssica aborda informações de extrema importância, especialmente para pais que, ao longo de suas vidas, enfrentaram desafios significativos. As dificuldades não se limitam apenas à quebra de tabus, mas também se estendem ao cuidado da própria pele. É notável como por muitos anos a pele negra foi subestimada, carecendo do reconhecimento de cuidados específicos. Nesse contexto, Jéssica explora essas questões, de forma que possam beneficiar não apenas a saúde da pele, mas também a autoestima.

 

“Por conta do formato do pelo é ainda mais comum que homens negros tenham foliculite na barba. E é uma condição que dói, coça, incomoda. Alguns cuidados em rotina como esfoliação e uso de tônico podem ajudar muito. Se a área é depilada com frequência sugiro a depilação a laser com algum especialista em pele negra para reduzir o risco do procedimento”, esclarece a biomédica.

 

Dentro da lista dos tratamentos mais populares entre os homens que buscam aprimorar sua aparência, incluindo desde produtos de cuidados com a pele até procedimentos mais avançados, ela esclarece que a procura é grande quando falamos em cuidados com a queda de cabelo, crescimento de barba entre outros.

“Há uma procura grande por cuidados com queda de cabelo, crescimento de barba, acne, foliculite e por procedimentos para deixar o rosto mais quadrado. A limpeza de pele e a rotina de cuidado são os mais conhecidos. O mais interessante é observar de perto a mudança de comportamento e aceitação da indicação de novos procedimentos”, finaliza Dra. Jéssica Magalhães.

 

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