Medo na hora de cobrar? Saiba como cobrar o justo pelo seu trabalho
Você sabe como cobrar o justo pelo seu trabalho?
Quem aqui nunca sentiu aquela parcela de culpa na hora de mandar um orçamento pro cliente? Mesmo que o valor mandado seja justo ou nem pareça tão grande, isso é mais comum do que você imagina.
Vivemos num país em que ganhar dinheiro é visto como algo negativo, e dá pra entender. Normalmente quem ganha muito dinheiro, na nossa cabeça fez isso de forma ilícita, pelo menos é nisso que acreditamos, e não é por menos. Todo o dia vemos nos jornais e noticiários notícias desse tipo: “Vereador preso após desviar verba de creches”, “depósito suspeito na conta da primeira dama”, “empresário foge do país devendo milhões em imposto”
Tá bem, a gente tende a acreditar que onde tem dinheiro tem treta.
Mas eu convido vocês a esquecerem um pouco isso, afinal, fora desse pensamento, o dinheiro na minha opinião é uma ferramenta, uma das mais importantes que a gente usa pra sobreviver no dia dia.
Então, o primeiro passo pra começar a cobrar o JUSTO pelo seu trabalho é:
Encare o dinheiro como uma Ferramenta, ou seja, um meio para algum fim
O dinheiro (pelo menos pra mim) nunca é um fim. Ou seja, ele nunca é o objetivo final, você usa pra outras coisas – essas sim você discute. Tem gente que curte ter um carrão, e tem gente que prefere investir e ter uma vida com menos preocupações. Essa primeira mudança ajuda a afastar o estigma ruim que as pessoas tem com a ganância (brasileiros ainda mais). Onde quem é ganancioso normalmente se corrompe e faz de tudo pra alcançar o dinheiro.
Depois do primeiro passo, de entender que não é errado buscar o dinheiro. Vem o segundo:
Reconheça seu trabalho como legítimo
Isso é um ponto muito forte que ainda pesa pra mim de vez em quando. Aquela sensação de que o que você está fazendo não vale o que você cobra, de querer fazer as coisas de graça, por vergonha de cobrar. Tudo isso pode ter a ver com uma síndrome muito conhecida nesse meio: a síndrome do impostor.
A síndrome do impostor é a sensação de que você é um impostor no que faz, que você de alguma forma, mesmo sem querer, está enganando as pessoas e não merece nada que tá rolando de bom no teu trabalho.
Que você talvez não tenha conhecimento ou capacidade suficiente pra assumir o posto que você assume.
Ou até que tudo de bom que acontece no teu trabalho é fruto de sorte, e não de experiência.
A síndrome do impostor acontece por vários motivos, entre eles baixa autoestima, ansiedade, medo, incapacidade mesmo (aqui você realmente precisa melhorar) ou não precisa exatamente ter um motivo, a síndrome do impostor pode ser autossuficiente.
Então, tenta ver se não é a Síndrome do Impostor que tá acontecendo contigo, pra depois tentar corrigir, seja sozinho mudando hábitos ou tomando a iniciativa de procurar ajuda de algum profissional.
Mas claro, tem um terceiro ponto que também é crucial pra perder o medo de cobrar o justo do seu cliente, e é:
Saiba qual é o justo. Colecione argumentos a favor.
Pois é, talvez o problema seja só que você não sabe exatamente qual é o valor justo. E a precificação tem a ver sempre com vários fatores, tanto de oferta e demanda, quanto de custo, mercado, valor, prazo, qualidade, perfil do cliente, etc…
Então, estudando bem todos esses fatores, você está mais próximo de saber qual é o “justo” a ser cobrado pelo seu trabalho.
É bom falar também que, dependendo do trabalho, o justo pode variar de cliente pra cliente.
Com serviços em design, por exemplo, você não vai cobrar de um comércio minúsculo do seu bairro o mesmo que cobraria de uma multinacional milionária, não é? Quanto maior o cliente, maior a sua responsabilidade e maior o impacto que seu trabalho vai causar nesse caso. Então, tenha todas essas variáveis em mente na hora de analisar e definir o preço justo.
Pra finalizar, quero deixar um pensamento final:
É você quem decide qual é o seu preço justo. Mas o mercado só aceita quando o valor percebido é igual ou maior do que o seu preço justo.
Então uma boa dica é se preocupar em gerar valor no que você faz, seja com qualidade, conexão com as pessoas, confiança, atendimento.
Assim vai ficar mais fácil cobrar o justo pelo seu trabalho.
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