Desigualdade na hora de emagrecer: O Caso Ozempic no Brasil
Descubra como o Ozempic se tornou símbolo da disparidade no tratamento da obesidade e de emagrecer no Brasil e os caminhos para uma solução equitativa.
O Peso da Desigualdade
Imagine um mundo onde o acesso à saúde não é determinado pela condição financeira. Infelizmente, esse não é o caso quando se trata do tratamento da obesidade no Brasil.
Uma frase do endocrinologista Walmir Coutinho, da PUC-Rio, ecoa esse paradoxo: “Conheço vários casos de patroas com 24 de IMC que tomam o Ozempic toda semana, enquanto as empregadas domésticas delas têm 45 de IMC e seguem sem acesso aos remédios contra a obesidade.” Este relato, por mais chocante que seja, revela uma realidade amarga: quem realmente tem acesso aos recursos terapêuticos para alcançar um peso saudável?
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A Matemática do Peso: IMC Explícito
Antes de mergulharmos mais fundo, vamos entender o contexto. O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma métrica simples que classifica se uma pessoa está dentro dos parâmetros considerados saudáveis, com base em seu peso e altura. Uma conta entre 18 e 24,9 indica valores esperados, entre 25 e 29,9 aponta sobrepeso, e acima de 30 indica obesidade.
O Poder da Medicina Moderna na Luta Contra a Obesidade
Por um lado, a Medicina testemunha uma “era de ouro” com o surgimento de medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, capazes de reduzir o peso em até 25%.
No entanto, o alto custo dessas opções farmacêuticas as torna inacessíveis para muitos, especialmente os mais pobres. Enquanto isso, a obesidade já afeta um em cada cinco brasileiros, com uma tendência preocupante de aumento, especialmente entre os menos privilegiados.
Transição de Peso: Uma Questão Socioeconômica
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O nutricionista Rafael Claro, da UFMG, destaca como as doenças crônicas e a obesidade historicamente afetam grupos socioeconômicos mais elevados. Ele aponta uma transição nos hábitos de consumo, trabalho e comportamento, onde o acesso à alimentação saudável tornou-se privilégio dos mais ricos.
A Era Dourada dos Tratamentos Contra a Obesidade
Com o surgimento de medicamentos como liraglutida e semaglutida, uma nova esperança surge para os pacientes com obesidade. No entanto, o alto custo desses tratamentos e a necessidade de uso contínuo criam uma barreira para aqueles que mais precisam.
O Desafio do Custo: Quem Pode Pagar o Preço?
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Os altos custos dos medicamentos antiobesidade criam uma disparidade no acesso ao tratamento. Enquanto os mais ricos podem arcar com os custos, os mais pobres são deixados de lado. O governo, por sua vez, enfrenta desafios orçamentários para incorporar esses tratamentos ao SUS.
Caminhos para a Equidade: Luz no Fim do Túnel?
Para resolver essa questão complexa, é necessário um diálogo constante entre governos, empresas, profissionais de saúde e pacientes. A queda das patentes e o aumento da concorrência podem ajudar a reduzir os custos dos medicamentos.
No entanto, uma abordagem holística que aborde as raízes socioeconômicas do problema é essencial para garantir um tratamento equitativo para todos.
Conclusão: Rumo a um Futuro Mais Saudável e Justo
A desigualdade no tratamento da obesidade é um desafio que exige uma resposta urgente e coordenada. Enquanto celebramos os avanços da medicina moderna, devemos também nos comprometer a garantir que esses avanços estejam ao alcance de todos, não apenas dos privilegiados.
Somente assim poderemos construir um futuro mais saudável e justo para todos os brasileiros.
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Fonte: BBC