Consumidores e lojas cada vez mais “figital”
Consumidores e lojas estão cada vez mais “figital”.
A conectividade de consumidores com apps de lojas é cada vez mais “figital”, bora entender o que exatamente significa isso.
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Consumidores e lojas cada vez mais “figital”
Quem nunca passou pelo caixa do supermercado ou de uma loja de departamentos e não ouviu: você já baixou nosso aplicativo? Para muitos consumidores a sugestão é bem atrativa. No primeiro uso do app, descontos ou vantagens são alguns dos benefícios, mas e depois? Este é o desafio dos varejistas: manter o engajamento e atividades do consumidor no app, tendo como retorno as conversões.
Um aplicativo não deve ser apenas bonito, legal, com design diferenciado. Ele deve ser construído e atualizado com o apoio de insights e percepções relacionados aos interesses dos compradores. Ele deve ser uma ferramenta para fortalecer o foco no consumidor, deixando-o sempre em primeiro lugar.
E é interessante notar que os compradores estão abertos às experiências omnichannel. Eles têm cedido sua atenção – e importantes dados e informações pessoais – para as marcas. Esse é um grande trunfo para as empresas darem início e perpetuar a relação, tão desejada por estes usuários.
Porém, quando usam um aplicativo e não recebem informações personalizadas no momento certo ou são “esquecidos”, o consumidor se frustra. Evitar essa frustração é a grande questão das marcas que se renderam à conectividade. Afinal, elas também se frustram ao notarem a inatividade e falta de engajamento no app, além do lucro que não é contabilizado.
A lição de casa dos varejistas vai além de oferecer um app com design moderno, um brinde ou um cupom de descontos. As decisões de marketing devem ser embasadas olhando para o big data e para o analytics. Manter estratégias guiadas por instinto ou intuição não pode estar nos planos de um varejo conectado com visão estratégica. Cada consumidor deixa “pegadas” importantíssimas para as marcas em cada etapa da jornada de compra. É preciso valorizar estes dados e aumentar a vida útil do consumidor, para garantir a retenção e a fidelização.
O que fazer para o varejo ser beneficiado com a conectividade?
1. Aplicativo de compras “figital” (do termo phygital, união de físico e digital)
Unir os universos on e offline é uma tendência. O varejo pode usar seu próprio Wi-Fi ou WLAN para permitir que os consumidores utilizem seus dispositivos móveis para fazer compras via aplicativo enquanto estão na loja. Permitir pagamentos, navegação em catálogos de produtos e outros serviços diferenciados por meio de apps podem ser estratégias de atração e fidelização.
Entre as estratégias, as marcas podem aproveitar os dados obtidos em tempo real para identificar as intenções do consumidor e definir a tomada de decisões. Isso requer um novo nível de segmentação em marketing, que é possibilitado pela análise de dados.
2. Segmentar os públicos e perfis
Quando os dados são reunidos da maneira certa, eles direcionam o profissional de marketing para diferentes segmentos. O canal de preferência, o local e os interesses bem analisados e segmentados, tendem a ampliar as oportunidades e impactos de comunicação. Assim, há maior possibilidade de atração e retenção de um determinado conjunto de consumidores.
Segundo pesquisa da Bain & Company, as organizações que aplicam estratégias para aumentar as taxas de retenção de consumidores em 5%, podem obter aumento nos lucros na margem de 25% a 95%. Considerando que a aquisição de novos consumidores pode custar cinco vezes a mais do que fidelizar aquele que já está na base, é importante que o varejo use essa oportunidade para manter o relacionamento com seu consumidor, conhecer seus interesses e fidelizá-lo.
3. Engajar os consumidores com abordagem omnichannel
De acordo com a pesquisa Market Research, Connected Retail Solution, 9 em cada 10 consumidores preferem a abordagem omnichannel. Portanto, uma das estratégias de varejo deve ser tornar as compras simples e convenientes, adicionando e integrando mais pontos de contato.
Após a segmentação, deve-se criar conteúdo adequado em todos os canais, como notificações push, e-mails personalizados e campanhas de mídia social. Embora os consumidores também estejam mudando de canal a todo tempo, gerar uma experiência consistente e personalizada só será possível sendo onipresente. Na pesquisa “Customer Engagement Benchmarks – 2022”, da MoEngage, o Whatsapp se mostrou como o meio preferido por 26% dos brasileiros para receber lembretes de renovações de assinatura, por exemplo. Ou seja, preparar mensagens certeiras para este canal é uma forma de fidelizar e ganhar este consumidor.
4. Não deixe o consumidor de lado
Ele pode mudar a rota e ir direto para seu concorrente. Um problema na falta de interação é de o consumidor mudar o trajeto de suas compras futuras e se unir ao concorrente. Tal comportamento pode ser evitado ao implementar uma cultura de engajamento do consumidor orientada por dados e insights.
Sobre o autor
*Daniel Simões é General Manager da MoEngage para LatAm. Anteriormente em atuação como Country Manager Brasil da AppsFlyer, o executivo tem passagem por empresas como McKinsey & Co, Grupo Estado e Internet Securities. Além de realizar o reposicionamento e turn around do Estadão OESP Mídia para PME, liderando o processo de transformação das “Páginas Amarelas” em um negócio 100%, Daniel também foi o responsável pelo início das operações de startups estrangeiras no Brasil.
O executivo possui MBA em Administração com ênfase em Marketing pela FAAP e é graduado em Administração. Possui mais de 15 anos de experiência nos segmentos de tecnologia, digital, editorial, publicidade, financeiro e serviços.
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fonte: fresh