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BLACK FRIDAY: O que está por trás das compras não concluídas?

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Um dos dias mais importantes para o varejo está se aproximando. Segundo o relatório “Estratégias e Expectativas para a Black Friday 2023”, produzido pela Neotrust, o período promocional deste ano, entre os dias 23 e 26 de novembro, deve ter um incremento de 12% no faturamento em relação a 2022 e movimentar R$ 6,92 bilhões apenas no e-commerce.

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A projeção é sustentada por dados do Google, que apontou neste ano um crescimento de 24% nas buscas relacionadas ao tema Black Friday. De acordo com um levantamento da MindMiners, 6 a cada 10 brasileiros já têm certeza de que comprarão algo na Black Friday deste ano. Os números mostram um contexto econômico favorável, mas a verdade é que poderiam ser ainda maiores se houvesse menos compras não concluídas.

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O que acontece na Black Friday?

BLACK FRIDAY: O que está por trás das compras não concluídas?
Pinterest

De acordo com um estudo recente realizado por uma bandeira de cartões, 67% dos compradores no Brasil querem e buscam experiências mais gratificantes. Os consumidores, nesse período pós-pandemia, estão mais conscientes em suas compras. À medida que a inflação reduz o poder de compra, os compradores passam a priorizar valor, acessibilidade e conveniência.
 

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Após se consolidar durante a pandemia, o e-commerce continua sendo um dos caminhos de expansão e de novos negócios. Em 2022, o faturamento total do setor – considerando apenas o varejo – foi de aproximadamente R$280 bilhões. Estima-se que vá atingir mais de R$320 bilhões até o fim do ano (fontes: Neotrust e Clearsale).
 

Um levantamento da Globo sobre as expectativas para a Black Friday deste ano registra que 62% dos consumidores da classe AB pretendem comprar algo nessa data. Esse é o maior índice entre as classes, segundo a pesquisa.
 

O mesmo estudo aponta que o cartão de crédito é a opção de pagamento favorita dos brasileiros no e-commerce (60%), seguida por Pix (38%) e cartão de débito (22%). Além disso, entre 20% e 30% das compras feitas com cartão de crédito são realizadas por meio de cartões de terceiros, uma situação muito usual no Brasil.

Resiliência e versatilidade das plataformas

Nesse período do ano, aumenta muito o fluxo de compras online: a previsão para 2023 é de um incremento na casa de 11% no volume de pedidos, de acordo com pesquisa realizada pela Neotrust. Portanto, os lojistas precisam ter confiança na resiliência e na estabilidade de seus sistemas. Consumidores se frustram quando ambientes online ficam fora do ar ou lentos em momentos importantes e de pico das vendas.
 

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Outro ponto essencial é oferecer um leque diversificado de opções de pagamento a fim de reduzir casos de abandono de carrinhos. Dados Zoop mostram que 80% dos consumidores que não encontram seu método preferido de pagamento desistem na hora de finalizar as transações.
 

Segundo levantamentos feitos por duas importantes bandeiras de cartão, as deficiências na estrutura atual de pagamentos online no Brasil resultam em perdas para os comerciantes na ordem de R$ 82 bilhões por ano. Sistema de pagamentos pouco eficientes comprometem a rentabilidade do e-commerce, em especial nos momentos em que as plataformas ficam congestionadas.
 

Os motivos são variados – desde instabilidades nas conectividades até dificuldades em interpretar os códigos de erro nas transações não-aprovadas. Sempre há uma porção legítima de transações que podem ser recuperadas com monitoramento e gestão inteligente dos códigos de erro, roteando de forma eficaz as reincidências nas transações identificadas como potencialmente recuperáveis.

Minimizar as fraudes

O Brasil tem um dos piores índices de fraude, que resultaram em prejuízo aproximado de R$6 bilhões ao ano para o e-commerce em 2022. Segundo dados apurados no mesmo ano pela Clearsale em seu relatório Mapa de Fraude 2023, cerca de 312 milhões de pedidos de vendas foram alvos de fraude no e-commerce brasileiro.

Já no período compreendido entre 01 de Janeiro e 30 de Junho de 2023, ocorreram 2 milhões de tentativas de fraude, o que representa, em valor, R$2,5 bilhões, algo em torno de 117 milhões de pedidos de vendas impactados por fraude no período. O primeiro semestre de 2023 foi marcado por uma queda comparado ao mesmo período do ano anterior. O principal motivo é devido à desaceleração do e-commerce em relação aos últimos anos, a exemplo de grandes eventos ocorridos no mesmo período do ano anterior, como Copa do Mundo de futebol e eleições, além das condições macroeconômicas brasileiras como o aumento da inflação, entre outros fatores.
 

Regras antifraude excessivamente conservadoras aumentam as recusas indevidas de transações legítimas. A busca de um equilíbrio requer soluções eficientes e ágeis de análise, de forma que as transações lícitas sejam aprovadas com fluidez e segurança, reduzindo a ocorrência de negativas indevidas e mantendo os casos de fraude em patamares mínimos.

Hoje, o e-commerce necessita de soluções para mitigar esse problema: os números seguem altos, e os fraudadores têm buscado cada vez mais se camuflar no fluxo de compra passando-se por compradores habituais.
 

Orquestração de pagamentos

Para aumentar as vendas, reduzir custos e otimizar a rentabilidade do e-commerce, é fundamental dispor de uma infraestrutura de pagamentos flexível, redundante e robusta. No entanto, a manutenção de diversos gateways e de múltiplos provedores é muito dispendiosa. Integrações podem levar meses e exigem conhecimento técnico específico, o que pode inviabilizar a criação de uma infraestrutura adequada.
 

A contratação de uma orquestradora de pagamentos tem papel fundamental nessas situações, pois permite maximizar a aceitação dos pagamentos e utilizar ferramentas sofisticadas para mitigar os riscos de fraude, além de garantir uma infraestrutura redundante e uma experiência de compra mais fluida e satisfatória para os consumidores.
 

Integrar diversos provedores e métodos de pagamento, usando uma orquestradora como facilitador e como ponto de contato, dá ainda ao lojista grande potencial para aumentar o volume de vendas, com flexibilidade para negociar melhores condições com cada um deles, reduzindo os custos dos bens vendidos (COGS), sem o inconveniente de lidar com a complexidade técnica do processo.

Considerações finais

Dessa forma, o time de desenvolvimento do setor de TI pode se dedicar ao “core business” de cada negócio, com mais tempo livre para trabalhar naquilo que é importante para a empresa crescer.

Está claro que a Black Friday é um evento consolidado e tem um impacto gigantesco nos resultados do varejo brasileiro, mas esses números poderiam ser ainda maiores. Um “one-click checkout” eficiente tem condição de aumentar em até 40% a conversão e reduzir em até 50% o volume de pagamentos negados.
 

O dinheiro da Black Friday está na mesa, e os consumidores já entenderam o peso dessa data. Agora, o desafio dos varejistas é aumentar a eficiência para que a experiência das pessoas com compras no período se transforme realmente em um costume.

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Fonte: 

Fabio Di Santoro: Engenheiro pela FEI (Faculdade de Engenharia Industrial), com pós graduação em Gestão Global de Negócios pela UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) e MBA em Administração e Desenvolvimento de Lideranças em Harvard (Harvard Business School – HBS), Di Santoro é responsável pela DEUNA no Brasil, empresa líder em orquestração de pagamentos na América Latina.

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