POLÊMICA NO TIKTOK COM O “BOTÃO VIRALIZAR”
Será que existe um botão destinado a fazer os vídeos viralizarem no TikTok? Provavelmente, nessa semana, você já deve ter escutado ou lido algo em relação a esse questionamento. De fato, o rumor acerca da existência desse botão surgiu depois de uma matéria que foi publicada na Forbes fazer a revelação de que os conteúdos da plataforma de vídeos curtos seriam impulsionados por meio de critérios diferentes dos até então conhecidos pelos usuários da plataforma que produzem conteúdo nela.
Nesse sentido, de acordo com de acordo com a reportagem da Forbes, é alegado que existe um “botão viralizador” de conteúdos que seria utilizado para poder fazer a promoção de marcas e influenciadores que trabalham diretamente com a plataforma e possui, portanto, relações comerciais com a empresa que mais cresceu no ano passado em relações econômicas.
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Além disso, de acordo com o que está circulando na internet, esse recurso também estaria sendo utilizado de forma aleatória por funcionários do TikTok para poder fazer a promoção de suas próprias contas e de conhecidos. No entanto, embora esses boatos estejam circulando na internet, o TikTok não negou a existência de um recurso desse tipo, mas também não confirmou a existência.
Essa movimentação está fazendo o público pirar. De acordo com o TiKTok, um dos objetivos da função seria, em tese, fazer com que os conteúdos virais não sejam padronizados, diversificando-os. Porém, até o momento, pouco se sabe acerca desse suposto orçamento viralizador.
Conforme aponta reportagem feita pela Forbes, esse botão que supostamente consegue impulsionar os vídeos na plataforma seria utilizado para conteúdos específicos de forma manual, assim, seria possível fazer um vídeo de preferência da pessoa que possui acesso ao botão viralizar.
Desse modo, pensando na prática, isso significa que nem todos os conteúdos produzidos na plataforma e que aparecem no feed dos usuários estão relacionados com o algoritmo de entrega desses conteúdos. Na realidade, de acordo com os dados que foram disponibilizados pela Forbes, somente 2% dos conteúdos de vídeos diários da plataforma seriam impulsionados por meio desse suposto botão, de maneira que a própria plataforma decidiu potencializá-los.
Por conseguinte, é importante destacar que essa polêmica estaria ligada ao fato de que esse recurso poderia ser utilizado somente para o benefício próprio do próprio TikTok, não para agradar o usuário da plataforma. De acordo com a reportagem que foi feita pela Forbes, a revista também alega que os próprios funcionários da plataforma teriam utilizado o recurso da empresa para impulsionar os vídeos da família e de amigos, bem como suas contas pessoais.
Além disso, outro ponto que está em debate, também, é que esses impulsionamentos feitos por meio dessa suposta votação estava sendo feito por uma quantidade significativa de pessoas, desde funcionários do TiKTOk até funcionários da ByteDance bem como empresas parceiras vinculadas a plataforma.
Essa prática é novidade ou já aconteceu?
Em suma, é importante deixar claro que o impulsionamento de conteúdo nas redes sociais não é uma novidade para ninguém. Na realidade, as gigantes do ramo da tecnologia que operam diretamente a internet já fizeram isso, gigantes como a Meta e o Google. Ambas as empresas fazem uso desse tipo de ferramenta.
No entanto, existe uma diferença no modo de operar, visto que as empresas deixam claro que o conteúdo em questão trata-se de um impulsionamento. Ou seja, um conteúdo que foi pago a mais para aparecer em destaque em relação aos demais que são expostos pelo algoritmo de preferência do usuário.
Podemos citar como exemplos recentes dessa prática de impulsionamento as próprias campanhas voltadas para divulgar informações acerca da Covid-19. Além disso, também, a propagação de notícias com a finalidade de evitar a propagação da desinformação.
Inicialmente, é importante destacar que existe um documento que se chama TikTok Heating Policy. Em vista disso, é nesse documento que constam as diretrizes desse tipo de impulsionamento.
Nesse sentido, de acordo com o documento em questão, os funcionários da plataforma estariam autorizados a usar essa ferramenta para fazer a promoção de conteúdos diversificados, bem como qualquer tipo de conteúdo importante que tenha sido deixado de lado pelo algoritmo da plataforma.
No entanto, conforme apontam as duas fontes que foram consultadas pela Forbes na reportagem, os funcionários do TikTok em nenhum momento recebiam informações para auxiliar na decisão acerca de qual conteúdo deveria ser impulsionado pela ferramenta ou não.
Dessa maneira, como faltou definir especificamente quais conteúdos deveriam ser impulsionados, a confusão correu. A falta de definição deumargem para que os funcionários utilizassem o recurso de maneira que viola as diretrizes da plataforma. Uma das maiores preocupações em relação a esse tipo de ferramenta é a falta de barreiras em sua utilização e a propagação de notícias falsas. Informações que possam beneficiar determinados grupos políticos e narrativas.
Mas afinal de contas, o que o TikTok disse em relação a toda essa polêmica?
Até o vazamento feito pela Forbes, a plataforma de vídeos curtos não teria se pronunciado sobre algum tipo de ferramenta desse tipo. No entanto, com a divulgação das notícias, Jamie Favazza, porta-voz do TikTok, acabou se pronunciando e falando sobre o ocorrido. No seu pronunciamento, disse:
“Promovemos alguns vídeos para ajudar a diversificar a experiência de conteúdo e apresentar celebridades e criadores emergentes à comunidade TikTok. Apenas algumas pessoas, com sede nos Estados Unidos, têm a capacidade de aprovar conteúdo para promoção nos Estados Unidos. Esse conteúdo representa aproximadamente 0,002% dos vídeos no feed For You”.
Além de Favazza, outro porta-voz da empresa também se pronunciou. Maureen Shanahan também resolveu falar sobre o assunto. No seu pronunciamento disse:
“Segundo o acordo de segurança nacional atualmente sendo considerado pelo CFIUS (Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos), todos os protocolos e processos para promover vídeos nos Estados Unidos seriam auditáveis pelo CFIUS e monitores de terceiros; apenas o pessoal autorizado do TikTok USDS teria a capacidade de “aquecer” vídeos nos EUA. Além disso, a revisão do código-fonte pela Oracle verificará se não há meios alternativos de promover o conteúdo”.
Como funciona o algoritmo para os usuários?
Por fim, vale mencionar que o algoritmo da plataforma funciona de fato na aba “For You”. Em específico, o algoritmo começa a entender o tipo de conteúdo que você consome. Por consequência, indica aqueles que ele acredita se encaixar melhor nos seus padrões de consumo na plataforma. No caso, o suposto botão seria utilizado teoricamente para promover conteúdos que o algoritmo descartou por alguma razão.
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