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Pesquisa revela: Empreendedoras brasileiras ganham até R$ 2,5 mil por mês

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Radiografia do Empreendedorismo Feminino no Brasil

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A recém-divulgada Pesquisa IRME 2023, conhecida como “Empreendedoras e Seus Negócios 2023”, oferece insights reveladores sobre o universo das empreendedoras brasileiras. Conduzido pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME) em parceria com o Instituto Locomotiva, o estudo destaca que a maioria das empresárias brasileiras enfrenta desafios significativos, com 82% delas representando mulheres negras das classes DE, e a principal motivação para empreender sendo a necessidade.

Perfil e Setores de Atuação: Uma Diversidade Notável

O perfil das empreendedoras entrevistadas é marcado pela predominância de mulheres negras, na faixa etária de 30 a 45 anos, de baixa renda e com 70% delas sendo mães. A pesquisa revela uma clara distinção nos setores de atuação em comparação aos homens, com as mulheres se destacando em alimentação e bebidas, beleza e cosméticos, artesanato e vestuário.

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Empreendedorismo por Necessidade: A Realidade da Maioria

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Surpreendentemente, 55% das empreendedoras iniciaram seus negócios por necessidade, reflexo da baixa escolaridade e faturamento. Essa maioria pertence às classes D e E, com ensino fundamental completo, e mais da metade começou a empreender após a maternidade. Em contraste, 40% empreenderam por oportunidade, majoritariamente das classes A e B, com ensino superior completo, iniciando seus negócios também após a maternidade.

Desafios e Sobrecarga: O Malabarismo entre Trabalho e Família

A pesquisa destaca que 92% das empreendedoras consideram seus negócios essenciais para suas identidades. No entanto, 60% se sentem sobrecarregadas pela dupla jornada de cuidados com a casa e a família. Essa sobrecarga é percebida como mais prejudicial para as mulheres do que para os homens em suas jornadas empreendedoras.

Encerramento de Empresas: Desafios Financeiros à Vista

Problemas financeiros lideram os motivos para o fechamento de empresas, com a falta de crédito para investir e pagar despesas sendo a principal razão. A falta de flexibilidade e a falta de capacitação também surgem como motivadores significativos para o encerramento das operações.

Formalidade e Rentabilidade: Um Panorama Dispar

Enquanto 52% das empreendedoras não possuem CNPJ, a formalidade varia significativamente entre as regiões do país. A rentabilidade se mostra desafiadora, com 60% das empreendedoras faturando até R$ 2.500 por mês. Apenas 17% conseguem ultrapassar os R$ 5.000 mensais, sendo que metade delas pertence às classes A e B.

Endividamento e Busca por Crédito: Um Equilíbrio Delicado

Mais de 70% das empreendedoras têm dívidas, com 43% enfrentando parcelas atrasadas. A falta de planejamento financeiro e despesas imprevistas, como gastos com saúde, são citados como motivos para o alto endividamento. Cerca de 25% buscaram crédito ou empréstimo, sendo que a maioria recorreu a bancos para capital de giro, aumento de estoque e aquisição de equipamentos.

Considerações Finais: Desafios, Resiliência e Oportunidades

A Pesquisa IRME 2023 pinta um quadro abrangente dos desafios enfrentados pelas empreendedoras brasileiras. A sobrecarga, a falta de flexibilidade e as dificuldades financeiras são obstáculos reais. No entanto, a resiliência e a determinação dessas mulheres inspiram, enquanto apontam para a necessidade de políticas públicas mais eficazes e suporte contínuo para o crescimento do empreendedorismo feminino no Brasil.

Afinal, essas mulheres não são apenas empresárias; são agentes de mudança e forças motrizes essenciais para o desenvolvimento econômico do país.

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