ARGENCHINA: como a Argentina se tornou a “queridinha” da China na América Latina em 2023, entenda
Argentina: A Ascensão como a ‘Queridinha’ da China na América Latina
A relação entre Argentina e China atingiu novos patamares nos últimos anos, e as evidências são claras: a Argentina superou o Brasil como o principal destino de investimentos chineses na América Latina em 2022.
O que antes era uma piada de Sergio Massa, ministro da Economia argentino e candidato à presidência, sobre rebatizar o país como “Argenchina” tornou-se uma realidade que merece ser analisada mais a fundo. Neste artigo, exploraremos por que a Argentina se tornou a “queridinha” da China na América Latina e quais são as implicações desse relacionamento em evolução.
Talvez você goste de ler também:
MEI com 30% de desconto na compra de veículos? veja como aqui!
4 lugares que te dão presente de graça no teu aniversário
Seja um homem de presença com ESTES perfumes
Os Números Revelam a Mudança
Em 2022, a Argentina recebeu US$ 1,34 bilhão em investimentos chineses, ultrapassando o Brasil, que recebeu US$ 1,30 bilhão, de acordo com o estudo do Conselho Empresarial Brasil China. Essa mudança reflete o crescente interesse chinês na Argentina, destacando a importância da relação entre esses dois países.
A Inclusão da Argentina nos Brics e na ‘Nova Rota da Seda’
Além dos investimentos, a Argentina conquistou um lugar de destaque ao ser incluída nos Brics a partir de 2024, juntamente com Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. Essa inclusão reflete o reconhecimento da importância da Argentina nas relações globais.
Além disso, a Argentina tornou-se o primeiro grande país da América Latina a aderir à ‘Nova Rota da Seda’, um ambicioso projeto de desenvolvimento chinês. Essa participação demonstra a confiança da China na Argentina como parceiro estratégico em sua iniciativa global.
Commodities e Dependência Econômica
Tanto o Brasil quanto a Argentina são países que exportam commodities, tornando-se parceiros naturais para a China, que tem uma população de mais de 1,4 bilhão de pessoas famintas por matérias-primas. A Argentina é rica em recursos agrícolas, como carne, trigo, milho e soja, bem como em recursos minerais, incluindo petróleo, gás e lítio. Essa abundância de recursos faz da Argentina um parceiro valioso para a China, que depende dessas matérias-primas para seu crescimento contínuo.
No entanto, a Argentina enfrenta desafios econômicos, incluindo uma escassez crônica de dólares devido a dívidas externas elevadas e crises financeiras passadas. Isso aumentou sua dependência da China como uma fonte estável de investimento e financiamento. A Argentina não tem muitas alternativas viáveis para diversificar sua economia e atrair investidores, tornando o apoio da China fundamental.
Geopolítica e Relações de Longo Prazo
Além das razões econômicas, a China está ampliando sua influência na América Latina, tradicionalmente considerada o quintal dos Estados Unidos. A China vê seus investimentos na região como parte de uma estratégia de longo prazo. Enquanto problemas econômicos na Argentina podem ser um obstáculo menor para a China em comparação com empresas ocidentais, a visão de longo prazo da China a mantém comprometida com a região.
Além disso, a complementaridade entre as economias chinesa e argentina é destacada, já que a China importa uma grande quantidade de alimentos, enquanto os Estados Unidos competem diretamente com a Argentina nesse setor.
A Parceria Financeira com a China
A Argentina assinou um acordo com o Banco do Povo da China para expandir o swap cambial, uma medida que ajudou o país a pagar parte de sua dívida com o Fundo Monetário Internacional. Essa parceria financeira é crucial para a estabilidade econômica da Argentina e mostra como o país depende da China em momentos de crise.
Perspectivas com a Possível Eleição de Javier Milei
Apesar da retórica anti-China de Javier Milei, o candidato presidencial mais bem cotado, especialistas acreditam que uma ruptura nas relações entre a Argentina e a China é improvável. A China é o principal destino das exportações de carne bovina e soja da Argentina, o que torna impossível para o país romper as negociações com a China. A necessidade de garantir relações comerciais estáveis supera as diferenças ideológicas.
Considerações finais
A Argentina emergiu como a nova “queridinha” da China na América Latina, graças a investimentos, parcerias estratégicas e dependência econômica. Embora a competição com o Brasil em investimentos chineses seja acirrada, especialistas acreditam que essa tendência não é definitiva.
A relação entre a Argentina e a China é uma parte essencial da economia argentina e uma parceria que deve continuar, independentemente do resultado das eleições presidenciais. A China vê a Argentina como um parceiro estratégico, e essa parceria é valiosa para ambos os lados.
Então, o que você achou desse conteúdo? Comente, compartilhe esse conteúdo e nos siga no e nossas redes Instagram, Facebook e Spotify.