Entenda o que é síndrome do impostor, e como a disfunção social está ligada a isso
Você já ouviu falar na síndrome do impostor? Ao que tudo indica, ela se manifesta nas pessoas por meio de um sentimento de insuficiência, principalmente no âmbito de trabalho. Ou seja, ela faz parecer que o sucesso profissional não tem significado, ou que você não é merecedor daquilo tudo.
Além disso, este sentimento pode fazer com você pense que suas habilidades não são suficientes para aquele trabalho, ou talvez o trabalho não esteja apto para seus interesses.
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Entre os tantos fatores associados, o julgamento social é um grande agravante para a síndrome do impostor. Afinal de contas, a sociedade está a todo o momento tentando ditar o que o outro tem que fazer e quais os melhores caminhos tem que seguir. Essas atitudes geral perguntas como:
“Estou fingindo gostar deste trabalho? Tenho as habilidades necessárias para este trabalho apenas para ser bem sucedido perante a sociedade? Eu realmente mereço isso?”
Primeiramente, pessoas que seguem trabalhos criativos, como escritores, pintores, artesãos, podem ser julgados por seguirem hobbies, coisas que muitas pessoas não têm coragem de seguir. Pessoas assim, que fazem o que amam, mesmo sem muito retorno financeiro, ou com um caminho mais difícil até o sucesso financeiro, quebram as normas do sistema, e fazem as outras se questionarem sobre suas carreiras.
Outrossim, a verdade é que a sociedade associa o sucesso na carreira ao sucesso financeira, e não a felicidade e realização no ambiente de trabalho. Desta forma, profissionais criativos concordam que para viver mais feliz nesse âmbito, é preciso criar uma conexão mais forte com sua intuição e valores. Isso quer dizer que, se você está se sentindo um impostor, provavelmente você é.
Mas a síndrome do impostor pode estar ligada à projeção dos pais?
Algumas pesquisas dos anos 90 mostraram que a síndrome do impostor está relacionada com a projeção dos pais. Afinal, acabavam valorizando mais algumas qualidades de seus filhos, enquanto desvalorizam outras. Ainda, vivemos em uma sociedade que valoriza muito mais o sucesso econômico do que as demais coisas relacionadas.
Precisamos normalizar que o sucesso moderado também é sucesso. Além de entender que pequenas conquistas também são conquistas. Além disso, costumamos elogiar apenas os super empreendedores. E o problema mora aí! Quando uma sociedade valoriza apenas um tipo de sucesso, a grande maioria passará a buscar pelo mesmo.
Outrossim, isso resulta em muitas pessoas procurando por carreiras lucrativas, onde elas podem até ter habilidades para exercê-las, mas não se sentem realmente realizadas, criando pensamentos impostores sobre isso. E, para piorar, a mesma sociedade não acolhe os sentimentos de insegurança causados por essa disfunção de valores.
Felicidade paradoxal
Se você está infeliz, tente ignorar sua intuição e seguir em frente, quando estiver no topo do sucesso financeiro, tudo isso vai passar. E o problema é que não vai!
E essa disfunção social atrapalha até quem encontrou seu caminho. Por exemplo, pessoas que decidem seguir seus valores e se dedicar a uma carreira criativa, acabam sendo desmotivadas por essa crença do falso sucesso. Se você não ganhar muito dinheiro com suas escritas, com suas artes ou seus artesanatos, você não é uma pessoa bem sucedida – diz a sociedade. Isso é tão consolidado que as pessoas desta área acabam acreditando, e sentindo-se impostoras nas carreiras que antes lhes faziam felizes.
Para combater isso, é preciso de uma boa rede de apoio, com amigos que valorizam seu trabalho e sua satisfação profissional. Além disso, confiar em sua intuição, avançando apenas quando sentir que deve, e não quando alguém diz que deveria, é uma boa medida para não ter sentimentos impostores. Apenda a se sentir e medir seu sucesso a partir de sua satisfação como um todo, e não apenas financeiramente.
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