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5 Coisas que aprendi trabalhando sozinho

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Quer virar freelancer, abrir seu próprio negócio, enfim, trabalhar sozinho? Vem comigo que nesse artigo vou falar sobre 5 coisas que aprendi trabalhando sozinho.
Já fazem mais de 3 anos que eu trabalho sozinho, e até aqui já deu pra aprender muita coisa. Trabalhar sozinho pode não ser o que você está pensando, ou o que todos dizem ser: “é a melhor coisa do mundo”, “você vai ser o seu chefe”, “você escolhe quando ganha”, etc. É claro, não vou negar que muitas dessas frases podem ser reais para muita gente. Mas normalmente a vida de um Freelancer, ou de alguém que abriu o próprio negócio é mais complexa que isso.

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Enfim, vamos à lista:

1. O momento perfeito não vai vir

Quantas vezes já nos paramos pensando nos planos que temos, e imaginando o momento perfeito para realizá-los? É normal sonhar com um momento ideal para alguma coisa, não é problema nenhum. Mas isso não significa que esse momento vai vir.
Thomas Edison dizia:

“A oportunidade é perdida pela maioria das pessoas porque ela vem vestida de macacões e se parece com trabalho.”

Eu acho essa frase ótima, por que resume o meu pensamento sobre o “momento perfeito”. Normalmente nós queremos ter o controle de como as coisas vão acontecer, e admito que ter certo controle da sua vida é importante. Mas quando se fala de uma mudança gigantesca como “sair do meu emprego e começar a trabalhar sozinho”, talvez devamos nos atentar mais às oportunidades que vão surgindo, ao invés de se o momento é ideal ou não.
Se você se sente insatisfeito com sua vida atual, comece agora mesmo a trabalhar pra mudar isso. Pode não ser imediatamente, mas ao ter essa ideia em mente, você já vai começar a se preparar pra não perder o trem quando ele estiver chegando.

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2. Se você não valorizar seu trabalho, ninguém vai

Esse foi o maior aprendizado da minha vida profissional. Por muito tempo, sempre me senti como um “impostor” na minha área de atuação. Isso por que minhas referências de o que era bom estavam realmente muito acima de o que eu poderia fazer. Ou seja, eu estava desconectado do mercado da região em que eu atuo. Isso não é exatamente ruim, faz a minha régua estética ser bem alta, a parte ruim é comparar meu trabalho com minhas referências.

Mas um pingo de realidade é ótimo nessas horas. Tenho que entender que, por mais que meu trabalho não seja o melhor do mundo, ainda é um trabalho. Ou seja, ainda estou resolvendo o problema de alguém, e principalmente, as pessoas estão me procurando para fazer isso. Isso significa alguma coisa. A auto desvalorização do meu trabalho me dava alguns problemas: primeiro, eu me sentia mal em cobrar o valor que achava justo, e não era nem por que meus orçamentos não seriam aprovados, eu mal chegava a apresentar o valor que pensei; Segundo, minha confiança ia lá embaixo na hora de dar meu preço e mostrar meu trabalho. Eu não entendia que as pessoas que me contratavam não tinham as mesmas referências que eu.

Logo, aos poucos eu fui trabalhando esse problema, e isso começou a ter resultados em vários aspectos. Comecei a cobrar bem (e justo), minha confiança aumentou, mas na medida (excesso de confiança é outro problema!) e me senti melhor com meu trabalho. Cada vez mais entendo que valorizar o meu trabalho é algo em constante evolução.

3. Relacionamento, entrega e organização: Os 3 pilares para qualquer freelancer.

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como trabalhar sozinho

Certo dia, vi uma palestra de alguém que não consigo lembrar o nome (se eu lembrar, atualizo nesse post). A pessoa falava em 3 pilares que descrevem qualquer freelancer: Relacionamento, entrega e organização.
Resumindo, o pilar do Relacionamento é a facilidade do profissional em trabalhar com outras pessoas, comunicação fácil, entendimento e profissionalismo. O pilar da entrega, é a qualidade, de fato, do trabalho. Digo a qualidade estética e funcional, mesmo. E o pilar da organização é o que define se o profissional vai entregar as coisas no prazo, vai ser rápido em resolver problemas, etc.

A grande jogada aqui é quando avaliamos os 3 pilares da perspectiva de quem contrata. A conclusão é que no mínimo dois pilares tem que estar presentes em uma contratação.

Exemplificando, tudo bem contratar alguém que é super organizado e tem uma ótima entrega, ainda que essa pessoa seja um pé no saco. Ou ainda, tudo bem contratar alguém super gente boa e super organizado mesmo que a entrega não seja tudo isso. Pra finalizar, é até ok contratar alguém gente boa e que tem uma entrega perfeita, mesmo que seja um pouco desorganizado.
Até aqui acho que a conclusão que todos chegam é óbvia: Na hora de escolher, é indiscutível que o profissional que se enquadra nos 3 pilares vai ser contratado.

E aqui até o preço se torna irrelevante, pelo menos para empresas que pensam em receber a melhor entrega do melhor profissional.

4. Entenda sua rotina, e abrace ela

Algo que vamos descobrindo com o tempo quando passamos a “não ter horário”, é que nós temos um horário.

Sim! Claro que com a exceção de alguns mercados que pedem que qualquer profissional trabalhe em horário comercial.
Mas muitos freelancers que trabalham com projetos longos, por exemplo, não têm horários impostos por quem contrata. Eu mesmo sou um exemplo.
Isso pode ser muito bom no início, mas facilmente se torna uma armadilha.

A verdade é que quando você menos espera, vai estar debruçado dia e noite na frente de seu notebook, sem horário pra começar e terminar. O inverso também acontece, quem é adepto da arte de protelar sabe. Você pode passar a semana inteira fazendo coisas que não tem nada a ver com o projeto, e no fim ter que virar noites terminando algo que já poderia ter sido entregue.
A verdade é que nós temos horários que somos mais produtivos. E mais importante, nós temos uma quantidade “máxima” de produtividade diária. Um estudo da Universidade de Stanford chegou à conclusão que mais horas de trabalho não são exatamente mais horas de produtividade.

Então, preste atenção no seu comportamento enquanto trabalha, tente cronometrar a quantidade de horas que você trabalha, e principalmente, as horas em que você é produtivo. Entender isso pode acabar te dando mais tempo de produtividade, e mais tempo de lazer. Melhor do que passar um dia inteiro no computador e não render nada.

5. Respeite o seu tempo, e reinvente-se

O tempo é um fator crucial no desenvolvimento de qualquer um que queira trabalhar sozinho. É o tempo que vai ajudar a assentar suas ideias, a criar sua identidade de trabalho, suas visões, e clarear seu caminho. Entender que as coisas nem sempre vão acontecer depressa é importante pra não tomarmos decisões irracionais. No entanto, essa última dica vai contra o que muitos “falsos coaches” vêm dizendo. Dentro de promessas de “enriquecer rápido”, “ganhe 10x mais do que ganha em 1 mês”, “como virar milionário em 1 ano”. Pelo contrário, o que quero propor é a paciência.

Ainda mais, a paciência é o que vai te ajudar a tomar as melhores decisões. Também vai te ajudar a ficar de pé quando nada ainda dá certo.
Porém, isso não significa ficar parado sem fazer nada, esperando tudo acontecer. Só significa que coisas grandes levam tempo.

 

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