Criatividade, marketing, branding, comunicação, design, empreendedorismo, inovação, futurismo e outras temáticas do universo da economia criativa.

Inteligência Artificial cria imagens abstratas em 3d

0

A Inteligência Artificial Rachael publica uma imagem em 3d por dia em seu instagram.

- Publicidade -

Se o seu medo era que os robôs roubassem seu trabalho, e imaginava que isso demoraria um bom tempo para acontecer, pode começar a se preocupar. Ainda mais, se você achava que estava livre de qualquer ameaça pois trabalha com criatividade, talvez você fique com uma pulga atrás da orelha.

Recentemente, eu descobri através do canal do Vida de Motion, uma inteligência artificial capaz de renderizar imagens em 3d de acordo com tendências de Design. O algoritmo, denominado “Rachael” é um conjunto de códigos que consegue gerar imagens totalmente novas a partir de referências.

Como a Inteligência Artificial que cria imagens em 3d funciona?

Utilizando machine learning (a palavra da moda), a inteligência artificial Rachael conta com um vasto banco de dados para aprender sobre imagens 3d – o próprio feed do instagram. Suas imagens são renderizadas na plataforma unreal engine 4, famosa dentre os profissionais de desenvolvimento de jogos e gráficos 3d. O mecanismo não só é totalmente automatizado na criação de imagens, como acompanha certas tendências da mídia social. Rachael consegue identificar tendências e índices estéticos apenas olhando os números da rede: quantidade de curtidas, visualizações, compartilhamentos, etc…
imagem criada pela inteligência artificial

No entanto, uma discussão interessante começa a surgir a partir disso: cada vez mais, nós entendemos que imagens assim podem ser programadas. Isso significa que nosso cérebro, principalmente em conjunto com o de outras pessoas, é previsível? Ainda mais, qual é o valor artístico nessas imagens? Se isso pode ser feito automaticamente, sem que exista um humano de fato criando isso.

- Publicidade -

A verdade pode estar bem mais longe do que pensamos. A partir daí, entramos em discussões que provavelmente não caibam nesse artigo.

Como esse artigo serve mais para apresentar esse mecanismo, vou abrir espaço para o já velho debate: Será que nós estamos ficando obsoletos?

A inteligência artificial pode tomar o nosso lugar?

Em uma resposta curta, eu diria que não.

Agora, se eu tiver que explicar, talvez a resposta não seja tão otimista assim. Acredito que não existe motivo para uma inteligência artificial “tomar” nosso lugar, por que esse lugar já não vai mais existir. Não vai mais ser necessário. Bem, pelo menos uma boa parte desse lugar.

- Publicidade -

A verdadeira questão ainda permanece, e também serve como outra resposta à pergunta desse tópico.

Mas afinal, qual é o nosso lugar?

Qual é de fato esse lugar que queremos proteger a todo custo? Certamente tarefas tão simples que podem ser automatizadas podem simplesmente não ser o lugar do ser humano. Claro, se formos apelar para o determinismo. A verdade é que a Rachael pode mostrar algo não apenas sobre nós, mas sobre o que nós criamos.

No próprio site, os criadores dizem o seguinte:

Rachael não é apenas uma demonstração técnica das capacidades de renderização em tempo real, automação e IA. Rachael pretende examinar criticamente o consumo de imagens contemporâneas no cenário acelerado da mídia social. Devido à velocidade crescente do consumo de imagens no instagram, as imagens de maior sucesso (curtidas) são aquelas que apresentam uma impressão imediata e visualmente agradável. Ao contrário, imagens que têm significados mais profundos ou ideias mais complexas deixam de ser tão populares, pois requerem mais tempo para serem vistas e compreendidas.

 

 

Algumas imagens produzidas por Rachael

Acredito que aqui já tenhamos a grande resposta. Pelo menos por enquanto, sim, a máquina pode ser muito boa em detectar comportamentos de… bem, de máquinas. A questão é se nós humanos estamos cada vez ficando mais parecidos com máquinas.

Quando imagens são curtidas apenas por serem visualmente agradáveis, a arte da subjetividade fica cada vez mais rara. Talvez seja a habilidade que mais nos diferencie dos outros animais.

RACHAEL_Cross03.gif

Como se prevenir para essa evolução?

É normal que depois de se deparar com algo assim, até as pessoas que estavam mais “tranquilas” até aqui, os criativos, comecem a ficar com medo da revolução das máquinas. A verdade é que a Criatividade nunca foi tão importante. O próprio fato desse mecanismo existir já vem de um ato “criativo”.

Ainda mais, a prevenção em si já significa antecipar algo que possa te fazer mal. Antecipar é olhar para o futuro.

Olhando para o futuro, nós conseguimos traçar os caminhos possíveis da tecnologia. Certamente não apostamos em máquinas empáticas, críticas, dóceis, criativas e altruístas. E se forem, como isso vai diferenciá-las de nós mesmos? A melhor prevenção é trabalhar nos nossos traços mais humanos. Quem tiver habilidade de se conectar com outras pessoas, ouvir, cooperar, liderar e pensar de maneiras não óbvias certamente não corre risco.

E acima de tudo, o maior ato que pode diferenciar uma máquina de um ser humano é o autoconhecimento.

 

Gostou desse desse artigo sobre Inteligência Artificial? Comente, compartilhe esse conteúdo e nos siga no Instagram e no Facebook. Assim você poderá acompanhar todas as novidades sobre o mundo da criatividade!

Veja também esse artigo com sobre 3 itens para ter uma inovação criativa.

Deixe uma resposta

Seu endereço de e-mail não será publicado.