Quem vai regulamentar e fiscalizar o ChatGPT e a Inteligência Artificial aqui no Brasil?
Com o fenômeno das IA a pergunta que fica é: quem vai fiscalizar o ChatGPT e as IAs?
Mas afinal de contas, quem vai fiscalizar o ChatGPT?
Com o crescimento do uso de inteligência artificial (IA) dentro das empresas, a União Europeia sai na frente com a Lei de IA. A expectativa é de que a decisão incentive outros países a adotar regulações próprias, como no Brasil, uma vez que o projeto sobre o tema voltou ao debate no Congresso neste ano.
E essa não é a primeira vez que a Europa inspira o país quando o assunto é regulação tecnológica, pois a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) surgiu em 2018, dois anos depois da lei de proteção de dados europeia ser aprovada.
Quem vai regulamentar e fiscalizar o ChatGPT e a Inteligência Artificial
No Brasil, o projeto de Lei 2.338/2023 propõe a regulamentação da IA com o “objetivo de proteger direitos fundamentais das pessoas humanas”. Carolina Perroni, sócia fundadora do Perroni Sanvicente & Schirmer, destaca que é de extrema importância fazer a análise de duas questões neste cenário: a primeira sobre quem será o órgão fiscalizador, e a segunda sobre quais serão os riscos e direitos assegurados.
“Não basta regulamentar a IA se não houver pessoas preparadas a executar esse trabalho de fiscalização, garantido que as sanções sejam aplicadas da forma correta, se e quando necessárias. De nada adiantará punir empresas e corporações, se na prática não existir uma política clara e que realmente priorize e combata qualquer tipo de prejuízo à vida das pessoas com responsabilidade e transparência”, diz.
Embora muitos acreditem que a chegada do ChatGPT tenha acelerado a necessidade de regulamentação, a inteligência artificial já está presente em nossa sociedade há um bom tempo com os algoritmos das redes sociais.
Uma visão mais macro
A área da Inteligência Artificial (IA) não é algo novo e tem sido parte de nossas vidas há mais de 30 anos. Anteriormente, temas como redes neurais, algoritmos genéticos e aprendizado de máquina eram vistos como coisas de ficção científica ou limitados a ambientes acadêmicos e de pesquisa avançada. Porém, em novembro de 2022, a OpenAI, uma empresa iniciante fundada em 2015 na Califórnia, apresentou o ChatGPT, o que mudou a forma como o público em geral enxerga a IA.
Para explicar de forma simples, o ChatGPT é um software que utiliza um tipo de algoritmo de IA chamado LLM (Large Language Model), que é baseado em técnicas de Aprendizado Profundo. Esse algoritmo foi treinado com uma quantidade imensa de dados e consegue prever e gerar novos conteúdos. A versão mais recente, o ChatGPT-4, possui mais de 1 trilhão de parâmetros, o que ilustra o imenso conjunto de dados com o qual ele foi treinado. Por causa disso, o ChatGPT consegue responder a perguntas sobre praticamente qualquer assunto com uma precisão impressionante, tornando as interações com a ferramenta uma experiência quase mágica.
Inicialmente, a intenção da empresa era desenvolver um software de código aberto que beneficiasse a todos, usando a IA para resolver problemas comuns. O projeto atraiu investidores importantes, como Elon Musk, o bilionário da Tesla, e outros nomes conhecidos do Vale do Silício. No entanto, apenas dois meses após seu lançamento ao público, o ChatGPT alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos. Para se ter uma ideia, o TikTok levou nove meses para atingir um número semelhante de usuários ativos, e o Instagram precisou de dois anos e meio. Isso mostra que o ChatGPT estabeleceu um recorde absoluto de popularidade.
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Considerações finais
O artigo ressalta a importância da regulamentação do ChatGPT e da inteligência artificial de forma geral. Embora a IA traga inúmeras possibilidades, também pode apresentar riscos se não for utilizada de maneira responsável. A regulamentação adequada pode garantir a proteção dos direitos dos usuários, a transparência dos algoritmos e a responsabilidade das empresas desenvolvedoras.
Além disso, é fundamental promover a educação e a conscientização sobre a IA para que as pessoas possam compreender seus impactos e tomar decisões informadas.
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Carolina Perroni Sanvicente
Co-fundadora do Perroni Sanvicente & Schirmer Advogados, Carolina é especialista em Direito Empresarial (com foco em consultivo) e tem ampla experiência nas áreas de Direito Civil, Societário e Governança Corporativa. Participou e liderou mais de 180 operações de M&As, de diversos tamanhos com atuação tanto na Sellside quanto Buyside.
Ela já colaborou para renomados escritórios de advocacia, em Companhias Abertas, e por mais de seis anos foi coordenadora da área jurídica da Loja Renner S.A, e Head do jurídico do Grupo Arezzo por mais de três anos. Atualmente, faz parte também da Co-gestão do Comitê Estratégico de Escritórios Jurídicos da Amcham/RS, é membro da rede Impacto por Elas e conselheira Fiscal Suplente do Instituto Lojas Renner.
Em 2022 Carolina recebeu o reconhecimento da revista Análise como uma das advogada mais admiradas do Brasil e foi rankeada pelo TTR como uma das advogadas do Brasil em número de operações de M&A.
Perroni Sanvicente & Schirmer Advogados (PS&S)
Escritório de advocacia fundado em 2020, PS&S tem como missão atuar com integridade, qualidade e inovação. Atualmente, está rankeado no TTR entre os escritórios do Brasil com maior número de operações em Venture Capital (VC) no país. Centrado nos temas do Direito Empresarial, com foco em direito societário, fusões e aquisições e direito contratual, o PS&S tem experiência vasta expertise na estruturação quanto na reestruturação de empresas.
O principal objetivo é entregar aos clientes soluções jurídicas eficazes e adaptadas às reais necessidades de cada um e que agreguem valor ao negócio e contribuam para uma sociedade melhor.