5 comportamentos pós COVID-19
Primeiramente é importante afirmarmos que é difícil prever como o COVID-19 moldará a nossa sociedade. Torna-se plausível projetar que haverão algumas transformações radicais no comportamento das pessoas. A seguir veja os 5 comportamentos pós COVID-19 identificados por estudos da McKinsey & Company.
1. Higiene pessoal
As pessoas estarão mais sensíveis a higiene e limpeza dos lugares e das coisas. Essa preocupação com a saúde aumenta ao mesmo tempo que empresas que antes queriam ser reconhecidas como as mais rápidas, mais ágeis, mais confortáveis ou luxuosas, agora passaram a comunicar os seus diferenciais competitivos de outra maneira.
O posicionamento das empresas a partir de agora deverá ser algo como: “a mais higienizada”, com cuidados extremos em relação a saúde e ao bem-estar dos seus clientes. Enfim, existirá uma busca pela confiança das pessoas, tornando-se até por vezes uma certa obsessão em mercados competitivos.
2. Tendências nacionalistas
Tendência macro nacionalista através das tenções entre economias mundiais e logo o pensamento pelo fortalecimento da economia local.
Campanhas como “Compre do seu bairro” ou mesmo “fortaleça o micro-empresário da sua região” serão cada vez mais comuns ao redor do mundo.
No Brasil por exemplo, o SEBRAE ao longo desses últimos anos implementou um novo posicionamento que indica tal comportamento traduzido como: “invista no pequeno”, valorize os pequenos negócios e empreendedores próximos a você.
3. Equilíbrio entre profissão e família
O trabalho mais próximo da família em meio a situação de isolamento social, propiciou um momento um tanto reflexivo para muitas pessoas. Em um mundo onde ainda não existia o COVID-19, as pessoas comumente separavam o trabalho e a família, na sua grande maioria.
Mas a partir do momento que muitas empresas começaram a flexibilizar jornadas de trabalho fora do escritório e as profissionais tiveram que se adaptar a trabalharem de casa. A partir disso muitas famílias passaram pela provação de que realmente dá para trabalhar e ficar perto de quem se ama, antes talvez uma situação não cogitada.
Para que isso ocorra de forma mais harmônica, adequações tornam-se necessárias como a readequação de espaços em casa e os “acordos com a família” para reorganização dos espaços. Algumas empresas inclusive investem e disponibilizam ferramentas para viabilizar a produtividade de seus colaboradores.
4. Trabalho remoto
Para muitas empresas a pandemia também serviu como um momento de reflexão, tanto é que grandes empresas reavaliaram a necessidade de manter os seus antigos escritórios, bem como começaram a flexibilizar jornadas de trabalho para os seus colaboradores.
Avaliando altos custos para manter um escritório ou mesmo reverter os custos de aluguel e manutenção de imóveis comerciais, algumas empresas vem optando em investir esses valores em melhorias para os seus funcionários ou mesmo para o crescimento da empresa. O home office ao que tudo indica vai aumentar cada vez mais.
Em pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral no Brasil, mais de 70% das empresas sinalizaram que pretendem adotar o home office parcial ou integral depois da pandemia. Corroborando nesse argumento o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg sinalizou que em até 10 anos, metade de sua força de trabalho poderá trabalhar remotamente.
5. Consciência e hábitos digitais
À princípio, milhares de negócios no mundo migraram para o ambiente online onde, empresas e pessoas, implementaram um rápido processo de aceleração e digitalização.
A necessidade de aprender e ter uma experiência digital atingiu muitas pessoas pela primeira vez. Não obstante pessoas de mais idade começaram a aprender a usar novas tecnologias como vídeo chamadas para se comunicarem com os parentes no momento de distanciamento social.
Por outro lado ocorre também um fenômeno que quebra preconceitos em relação ao home office, uma vez que as empresas antes da pandemia necessitavam de mais formalidade em um ambiente corporativo. O colaborador pode trabalhar de casa agora, inclusive o formato de home office acaba por estimular o empreendedorismo de muitas empresas e pessoas.
Conclusão
Definitivamente toda a crise acaba por tornar-se um ciclo de aprendizagem e ao mesmo tempo uma oportunidade para revermos nossos conceitos. Os 5 comportamentos pós COVID-19 identificados pela McKinsey nos apontam alguns caminhos talvez até sem volta.
Dessa forma é interessante percebermos que no caso específico da pandemia podemos afirmar que praticamente aceleramos 10 anos em 10 semanas.
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