Grid? Layout? Conheça 8 termos utilizados no mundo do design
Quando conversamos com profissionais de áreas diferentes das nossas é normal ouvirmos termos dos quais não entendemos o significado. Eu, por exemplo, ficava completamente perdida quando falava com minha advogada, pois de 10 palavras que ela falava eu entendia 5. Claro, para ela todas aquelas palavras eram usuais, utilizadas no seu dia a dia de trabalho. Mas isso me fez pensar: será que no meu dia a dia eu também uso palavras que muitas pessoas desconhecem o significado, como por exemplo: grid? layout? Pensando nisso, reuni aqui a explicação de 8 termos do design que utilizamos o tempo todo.
Ah! e antes que eu esqueça, esses termos foram colocados aqui por que ao menos uma vez alguém pediu o que significava. 😉
8 termos do design e seu significado
1) Grid
O grid serve para orientar o layout. Assim dizendo, ele estrutura e organiza qualquer peça gráfica, como por exemplo, livros, jornais e até o panfleto que você pega no supermercado. Tudo que você vê ali, inclusive as margens e os espaços em branco foram pensados dentro de um grid.
Ele é feito a partir de linhas que servem como marcação para um determinado documento. Então, quando um designer falar que seguiu o grid para criar determinada peça, ele está falando, entre outras palavras, que ele seguiu um determinado alinhamento, que foi feito por ele mesmo, claro.
E para desenhar esses grids, muitas vezes, utilizamos algumas regras de composição, como a regra dos terços ou a proporção áurea.
2) Layout
De acordo com o Dicionário Michaelis, a palavra leiaute (sim, existe mesmo e é o aportuguesamento da palavra layout) significa:
1 (PUBL) Esboço, planejamento ou espelho de trabalho tipográfico com a especificação dos caracteres que devem ser empregados, disposição da matéria, claros, medidas e outras minúcias relativas à composição de um livro, folheto, periódico, anúncio ou obra comercial.
…
3 (POR EXT) Qualquer esboço ou projeto gráfico de um trabalho de arte a ser reproduzido.
Resumindo, layout é uma arte. Um folder, possui um layout, assim como um site e uma revista, por exemplo.
3) Briefing
O briefing é o ponto de partida de qualquer projeto de design. Ou seja, o processo de briefing é onde o designer entende o projeto que vai desenvolver. As informações mais importantes sobre o que será necessário para desenvolver determinado projeto, bem como entender o objetivo do cliente com aquilo são dadas nesse momento.
Além disso, informações como público alvo e concorrentes também fazem parte dele. Se você quiser se aprofundar mais no assunto, dá uma olhada nesse artigo que explica como fazer um briefing perfeito e nesse que coloca 8 pontos para construção do briefing.
4) Brandbook ou MIV (Manual de Identidade Visual)
Quando nós criamos uma marca, quase sempre entregamos também um Brandbook ou um Manual de Identidade Visual.
O brandbook, de acordo com Ellen Lupton serve para documentar a linguagem, atitude e expressão de uma marca. Ou seja, ele é um documento direcionado para parceiros, editores, consumidores e investidores de uma empresa. Nele terá um conjunto de elementos que trarão a sensação e o espírito da marca, por meio de formas, texturas, fotografias e palavras.
Por outro lado, o Manual de Identidade Visual, como o próprio nome diz, é um…manual. Isso mesmo, é um documento que ensina como utilizar a marca. Ali estará explicada, por exemplo, em que cores você poderá utilizá-la, sua proporção correta, o que fazer e o que não fazer com ela.
Vale lembrar que tanto o brandbook quanto o MIV trazem informações para aplicações da marca, como: cores, tipografias, espaços de respiro, entre outros. A principal diferença entre os dois é que o MIV é um documento onde encontraremos informações mais técnicas, enquanto o brandbook traz muito mais a experiência e conta a história da criação marca e da empresa.
Quer um exemplo? Então vamos começar grande. Você pode dar uma olhada no brandbook da Oi e no MIV do Spotify, por exemplo.
Ah! Nós colocamos aqui as terminologias (Manual de Identidade Visual e Brandbook) e suas definições, mas no mercado muitas vezes esses termos acabam se misturando.
5) Mockup
De acordo com Ellen Lupton, o mockup é uma ferramenta utilizada para simular a aparência e o comportamento que um material terá depois de impresso. Nele, utilizamos cores, texturas e proporções para que o cliente possa entender e visualizar como ficará o seu cartão de visitas, por exemplo.
6) Sangria
Não, não estamos falando da bebida. Sangria é o termo utilizado para designar uma parte extra de área que deixamos quando um arquivo é finalizado para impressão. Ou seja, se estamos trabalhando na capa de um catálogo que possui uma imagem inteira na capa, por segurança, nós deixamos a imagem um pouco maior que o tamanho da capa do catálogo.
A área extra com arte é importante para evitar erros no momento da impressão. Pois se o papel contrair ou expandir ou a máquina for programada errada no momento do corte, pode ficar uma linha fina sem impressão, o que prejudicaria bastante o visual da capa do catálogo, por exemplo.
Após impresso o documento é cortado no tamanho real, se utilizando das marcas de corte.
7) Pattern ou Padrão Visual
Nós chamamos de pattern ou padrão visual o design de superfície. Ou seja, é um ‘padrão’ ou uma ‘estampa’ criada para ser utilizado em materiais impressos, como cadernos, bolsas, embalagens, e por aí vai.
Muitas vezes ele é criado dentro de uma identidade visual. Ou seja, ao ser usado junto com determinada marca, o padrão visual, por si só já se torna um elemento identificador daquela marca.
Por exemplo, você reconhece a estampa abaixo? Sabe a qual marca ela pertence?
Acho que você já deve saber, mas, só para confirmar:
Isso mesmo! Esse pattern é da Louis Vuitton e quase todo mundo que vê esse pattern identifica a marca. Claro que o que faz ele ser lembrado são os demais elementos que fazem parte dele como: cores, formas, espaçamentos.
Ah! e antes que eu esqueça chamamos isso de pattern ou padrão visual, por que ele pode ser repetido pela quantidade de espaço que quisermos. Quer mais alguns exemplos, dá uma olhada aqui:
8) Brainstorming
Seu significado em inglês é ‘chuva de ideias’, conforme nosso querido Google Tradutor. Mas o termo Brainstorming foi criado pelo publicitário Alex F. Osborn, em 1957 e significa: atacar um problema de maneira rápida e de todas as direções possíveis.
Essa técnica é praticada em grupo e consiste em lançar um problema, como por exemplo: como incentivar as pessoas a utilizarem máscara facial? E deixar as pessoas livres para elas darem suas ideias acerca o tema. Ou seja, o primeiro e mais importante critério para um brainstorming é não julgar, tanto as suas quanto as ideias dos outros.
Quanto mais livre de julgamento, mais as pessoas poderão pensar ‘fora da caixa’ e trazer alguma solução inusitada para algum problema. Embora bastante utilizada no mundo do design, hoje em dia essa prática é bem comum em vários lugares desde jardim de infância até o meio corporativo.
Alguém do grupo deve anotar tudo, desde palavras aleatórias até formulações mais complexas. A organização e validação dessas ideias é feita em um segundo momento.
Conclusão
Esses termos não são exclusivos do mundo do design, vários profissionais de vários segmentos os utilizam também, às vezes com o mesmo significado e às vezes com um significado diverso.
Sabemos que, cada vez mais, devemos usar uma linguagem que todos entendam. Porém, muitas vezes no nosso dia a dia acabamos usando palavras que já estão tão presentes em vários momentos da nossa vida que esquecemos desse detalhe.
Fonte: Ellen Lupton (Intuição, Ação, Criação Graphic Design Thinking)
Imagem destacada: freepik.com
E aí, que achou desse artigo? Comente, compartilhe esse conteúdo e nos siga no Instagram e no Facebook. Assim você poderá acompanhar todas as novidades sobre o mundo da criatividade!
Veja também esse artigo com 10 dicas para aumentar sua criatividade